Os vinhos elaborados no Pomerol são todos tintos e produzidos quase que exclusivamente com a dupla de castas Merlot e Cabernet Franc, perfeitamente adaptadas ao solo argiloso da região. Apesar de, em termos geográficos, ser a menor apelação de Bordeaux (com cerca de 800 hectares de vinhas), o Pomerol pode se orgulhar de abrigar dois dos mais célebres e caros vinhos do mundo: o bem conhecido (mas pouco bebido) Petrus e o Le Pin, o minúsculo Vin de Garage que é disputado por colecionadores de todo o planeta.
Mas o Pomerol não é admirado pelos enófilos apenas por estes dois rótulos, são quase 150 pequenos châteaux que abrigam muitos outros vinhos de ótima qualidade, dominados por um caráter frutado de grande pureza e extremamente sedoso no paladar.
Esse painel de degustação, realizado na semana passada por uma das confrarias das quais faço parte (Desconfraria), reuniu 11 exemplares do Pomerol (safras entre 2004 e 2006) para uma degustação às cegas com o objetivo de avaliar a qualidade e a personalidade desses sedutores tintos da margem direita de Bordeaux.
Como era de se esperar, todos os vinhos apresentaram um alto padrão de qualidade e um nível bastante similar, dificultando um pouco a tarefa de determinar quais eram os melhores dentro do painel. Após a análise de cada membro da confraria, a classificação final dos vinhos foi a seguinte (As notas entre parênteses de Robert Parker e Wine Spectator servem como uma referência comparativa da crítica especializada):
Como ficou claro pelas notas concedidas pela crítica e a classificação dos vinhos de acordo com as preferências do grupo, nem sempre esas altas notas correspondem ao que imaginamos previamente… Até a próxima taça!